O terapeuta ocupacional auxilia basicamente no alcance da autonomia e independência na realização das atividades do cotidiano. Sabemos que este pode ser um desafio muito importante para pessoa que tem o Transtorno do Espectro Autista. Esta condição pode afetar em níveis variados o engajamento em atividades e por conseguinte a sua participação social
Abril Azul é o mês de conscientização do autismo, ou TEA (Transtorno do Espectro Autista), cujo objetivo é promover uma maior inclusão e disseminação de informações sobre o assunto. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em 2020, uma a cada 36 crianças são diagnosticadas com autismo. Um dos tratamentos utilizados que buscam melhorar a qualidade de vida do paciente, proporcionando uma maior participação social, é a Terapia Ocupacional.
Um dos objetivos da Terapia Ocupacional é desenvolver habilidades necessárias para que a pessoa tenha independência em suas tarefas cotidianas e nos mais variados ambientes, como na escola, em casa e na comunidade. Consequentemente, o tratamento conduz a mais autonomia, interação social, autoconfiança e autoestima.
Segundo o Terapeuta Ocupacional, Rafael Morais, cada pessoa possui sua particularidade e é preciso entender as necessidades de cada um. “Essas condições podem variar de acordo com o nível de suporte, o ambiente e a intervenção terapêutica. É preciso traçar metas e objetivos e estipular o melhor método que irá alcançar os resultados desejados, levando em conta os aspectos sociais, emocionais, sensoriais e cognitivos de cada paciente”, explica Rafael.
Um dos benefícios da Terapia Ocupacional é promover a integração sensorial, já que a pessoa com autismo pode ter dificuldade em processar e agir de acordo com as múltiplas informações recebidas pelo ambiente e do próprio corpo. “Isso pode acarretar em crises de ansiedade, depressão, problemas comportamentais. Por isso utilizamos estratégias que visem o conforto desse paciente, como o uso de abafadores de ruído e atividades que estimulem a concentração e o foco por exemplo”, ressalta o especialista.
Além disso, há também o desenvolvimento de habilidades sociais. “As intervenções terapêuticas envolvem interações sociais significativas e a compreensão das nuances da comunicação social, sempre com uma abordagem lúdica que facilite o aprendizado”, conclui Rafael.