Agência Eko
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09 Jan
09Jan

Ano Novo, Vida Nova! A clássica frase da virada de ano incentiva milhões de pessoas  nesta época a prometerem mudar hábitos. A famosa dieta, a prática regular de exercícios físicos e a organização financeira estão no topo da lista de compromissos feitos, mas que muitas vezes caem no esquecimento com o passar dos meses. Pelo menos no que tange às finanças, a consultora de Negócios do Sicredi Marianne Moraes afirma que é possível traçar planos e segui-los, porém alerta que não é uma tarefa fácil: exige uma dose extra de disciplina, paciência e resiliência.

De acordo com ela, o planejamento financeiro é essencial, seja para a vida pessoal, familiar ou empresarial. É a partir dele que são definidos objetivos e estratégias para alcançá-los, sejam eles de curto, médio ou longo prazos, incluindo aqui a aposentadoria. Para o mundo empresarial, a regra é a mesma: a gestão financeira é primordial para a saúde da empresa, sua manutenção e expansão.

Organizar, planejar e conquistar seria fácil não fosse o cenário de endividamento e inadimplência da população. A última pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que em novembro mais de 68,6 milhões de pessoas estavam com dívidas atrasadas no País, uma proporção de 4 em cada 10 brasileiros adultos com o nome negativado.

O desafio é ainda maior diante da constatação de que os brasileiros não sabem lidar com as finanças pessoais. Outra pesquisa, também da CNDL, revela que as pessoas gastam mais do que ganham, não guardam dinheiro e não se planejam para o futuro. Segundo o levantamento, 81% dos entrevistados não sabem controlar as despesas e somente 18% têm conhecimento total sobre as receitas e gastos pessoais, sendo que a maioria (71%) tem somente conhecimento parcial das finanças e outros 10% têm baixo ou nenhum conhecimento. O descontrole é motivado, conforme afirmado por 39% dos consumidores, pela indisciplina ao registrar os gastos.

A situação pode ser revertida, não imediatamente claro, com atitudes e comportamentos regidos pela educação e organização financeira. E mais, é importante que todos os integrantes da família estejam em sintonia, para que juntos, trabalhem para alcançar os objetivos.

Benefícios do planejamento

Para a consultora de Negócios do Sicredi, Marianne Moraes, ter um planejamento ajuda a manter o controle financeiro, permitindo uma visão clara de para onde o dinheiro está indo e evita gastos desnecessários. “Você também passa a ter segurança para lidar com imprevistos sem comprometer o padrão de vida atual. E, o planejamento financeiro possibilitará realizar metas de curto e longo prazos, como uma viagem em família ou se programar para a aposentadoria”, exemplifica. Ela acrescenta que quem tem um bom planejamento financeiro e o monitora tem menos estresses relacionados às finanças. Também tem a capacidade de avaliar riscos decorrentes de mudanças econômicas e ajustar o que for necessário.

Mas, e se a pessoa nunca fez um planejamento? Como começar? Marianne aconselha que seja pelo início, com uma boa estruturação das receitas e despesas, e o monitoramento constante. “Estabeleça objetivos financeiros claros, como por exemplo a compra de um carro ou a aposentadoria. E, faça uma reserva de emergência, com um montante que seja de três a seis meses o valor das despesas, para que tenha tranquilidade ao lidar com imprevistos e surpresas”, sugere.

Ainda conforme a especialista, a busca por informação é primordial. Fazer cursos de educação financeira pode ser uma alternativa para que todos os integrantes da família estejam alinhados e saibam tomar as melhores decisões. “Com informação, orientação, compromisso, disciplina e acompanhamento do plano financeiro, as pessoas terão maior controle sobre os gastos, não cairão nas armadilhas do consumismo e terão uma vida mais tranquila no futuro”, sustenta Marianne, ao acrescentar que tudo começa pela mudança de hábitos, o que exige esforço. “Não que a pessoa deixará de ter vida, lazer, comer fora de casa. Mas, ela precisa planejar como e quanto irá gastar, para não comprometer o orçamento e o planejamento anual”, defende.

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