Assessoria de Comunicação
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09 Aug
09Aug

As Olimpíadas provocam um misto de sentimentos, e o principal deles é a expectativa por uma medalha. A pressão exercida durante uma competição é intensa, e exige habilidades emocionais desafiadoras, principalmente em relação às derrotas, algo que é inevitável. Aprender a lidar com as perdas favorece a saúde mental, assim como a qualidade de vida.


Durante as competições, até os melhores atletas precisam aprender a lidar com os próprios fracassos, e isso não é necessariamente um reflexo de falta de habilidade ou esforço. “Tudo depende da forma como você enxerga determinada situação. Se aprendermos a enxergar as derrotas como uma oportunidade de crescimento e aprendizado, conseguiremos evitar muitas frustrações e decepções”, explica a psiquiatra Daniele Boulhosa.


A cobrança pela vitória a qualquer custo pode inclusive gerar o efeito oposto. “O desempenho pode ser reduzido devido a essas altas cobranças, gerando ansiedade e estresses desnecessários, o que vai interferir como um todo na perfomance. E isso vale para todas as áreas da nossa vida, seja durante a apresentação de um trabalho, ou até mesmo nos afazeres domésticos com alguma tarefa a ser cumprida”, ressalta a especialista.


De acordo com Daniele, é necessário estar atento aos efeitos psicológicos que as derrotas podem provocar em cada indivíduo. “É preciso aprender a reconhecer e ressignificar essa perda, sem fugir dos processos e até mesmo da dor da derrota, pois evitará impactos negaivos em relação a saúde mental. Em casos mais graves, esses sentimentos podem evoluir para uma depressão”, pontua.


Para a especialista, lidar com a derrota pode ser uma experiência desafiadora, mas é importante praticar a autocompaixão ao longo do processo. “Seja gentil consigo mesmo e evite se criticar excessivamente por erros ou resultados negativos. Lembre-se de que você é humano e está em constante aprendizado e crescimento. Ter uma rede de apoio nesse momento é de suma importância, assim como a procura por um profissional especializado se necessário”, finaliza.

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