1 min de leitura
20 Oct
20Oct

Aos cinco anos de idade, o educador físico e dançarino Donaciano Gomes, artisticamente conhecido como Neto Gomes, sofreu uma queda dentro de casa que deixou sequelas, como a deficiência auditiva (surdez bilateral neurossensorial profunda grave). Hoje, aos 25, ele encontra na dança e na música o caminho para a superação de desafios e preconceitos que considera “uma luta diária”. 


Neto dança desde os sete anos, quando assistia aos vídeos do “Rei do Pop”, Michael Jackson. Mas foi na faculdade de Educação Física que o jovem teve o incentivo dos amigos para não desistir do universo das coreografias.


Começou em uma brincadeira quando ele corria pela sala e, no momento em que chegou na cozinha, o chão estava molhado. Neto caiu e bateu a cabeça. Ele descobriu através da família que ficou surdo aos cinco anos.

O dançarino revela que, por conta do problema na audição, já perdeu trabalhos importantes.

Quebrando paradigmas, Neto Gomes foi contratado pela Banda Na Vibe e vai dividir o palco ao lado do vocalista Leandro Lima e do também dançarino Victor Silva. Para o baixista e empresário do grupo, Leandro Rego, a chegada do dançarino simboliza uma nova fase, marcada pela inclusão e renovação de projetos.“A gente não teve nenhuma dúvida na hora de fechar com o Neto. 

A primeira pessoa que a gente pensou foi nele, por conta do talento, mesmo com todos os problemas. É a primeira pessoa de inclusão que a gente recebe na banda”, festeja Leandro Rego, ao destacar a felicidade do grupo em receber o seu mais novo integrante.


“O grupo está muito feliz. A maioria das pessoas já trabalhou com ele e todos ficaram felizes de saber que era o Neto quem estaria com a gente”, comenta. 


Superação

Neto conta que, no dia a dia, enfrenta inúmeras dificuldades. Uma delas, é não poder ouvir familiares e amigos, mesmo com o uso de aparelho auditivo. É em cima do palco que o jovem transforma os dias difíceis em força que impulsiona movimentos para a dança.  


Neto Gomes diz que é difícil explicar como consegue ter bom desempenho sobre o palco. Para ele, essa é uma questão em que precisa exercitar bastante a visão e a mente. 


“Eu danço no tempo da coreografia, pois o tempo da coreografia de qualquer maneira irá bater certo com o tempo da música, porém, eu tenho dificuldade que chega a um ponto de eu querer ajuda e um contato visual sobre qual música irá tocar. Fora isso, eu sempre me guio pelos graves e o tempo da coreografia que eu me saio bem”, declara.


Comentários
* O e-mail não será publicado no site.