Para quem não conseguiu se planejar para viajar durante as férias escolares do mês de julho, o período pode se tornar um grande desafio, especialmente para os pais que terão que conciliar a rotina do dia a dia que agora passa a ter a presença dos filhos em casa em todos os períodos do dia.
O psicólogo clínico Euler Lousada explica que muito além da organização da rotina, este passa a ser um momento de aproximação entre pais e filhos. “As férias tiram um pouco a obrigatoriedade das aulas e nesse período a criança pode dormir um pouco mais e priorizar outras atividades. Mas é importante que os pais separem um tempo para dedicar às crianças. Os pais precisam considerar a necessidade da presença deles com os filhos, pois os laços familiares é o que se tem de mais importante para o crescimento sadio da criança”, afirma.
Além de dedicar um tempo às crianças, o psicólogo, que também é professor na Estácio, destaca que é fundamental organizar as rotinas, como horário de dormir, de acordar, das refeições e das atividades de recreação. “Os pais devem ter em mente que o estabelecimento de um cronograma é um passo importante para que a criança entenda que este período, apesar de ser mais flexível, é dotado de regras”, diz.
Euler diz que entre as opções de lazer, os pais podem investir em atividades fora de casa, como passeios em parques, praças, jardins e brincadeiras ao ar livre ou em casa, que podem ser compartilhadas com os amigos, mas tudo com horários definidos. “Esse momento também deve ser dividido com a família e para isso é importante que os pais ofereçam algumas opções, como sessões de filmes, desafios culinários e outras ações. Isso serve, também, para trabalhar o sentimento de organização das coisas”, comenta.
Para o psicólogo, além de ocupar o tempo da criança, as atividades lúdicas são uma alternativa viável que evita que se gaste tempo em tela de dispositivos eletrônicos. “A partir disso é possível evitar o desenvolvimento de transtornos relacionados ao sono, problemas de postura, dificuldade de concentração, ansiedade e outros”, completa.
Por: Thais Siqueira/Agência Eko.