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29 Jun
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“Quando eu analiso a minha trajetória, desde a minha transição até hoje, eu só consigo enxergar a importância da inclusão de pessoas trans no mercado e na sociedade. Nunca foi apenas sobre qualificação, mas também sobre oportunidade. A cada chance que se abre para uma pessoa trans ou travesti, é uma possibilidade de uma nova história feliz”, afirma Caíque Luan, Assistente Administrativo em uma das unidades do Assaí, em Belém.

Devido aos problemas de aceitação da sua identidade de gênero com a família, o jovem teve que começar a trabalhar aos 13 anos de idade, em busca da sua independência financeira. Chegando aos 18, Caíque tomou a decisão de sair de casa para conquistar a autonomia e a liberdade que necessitava. Segundo ele, foram anos de muita luta, resistência e aprendizado em vários setores do mercado de trabalho para finalmente chegar à Companhia.

“As pessoas precisam entender que a comunidade LGBTQIA+ ainda vive realidades duras. A minha saída cedo de casa não foi por escolha, mas sim por necessidade de respeito. Hoje, me sinto em um lugar privilegiado de estar em uma empresa que me apoia e confia em mim para desempenhar meu trabalho”, explica ele.

Um dos principais pilares que norteiam as iniciativas e serviços do Assaí Atacadista é o apoio e incentivo à diversidade e ao respeito. São cinco temas prioritários que regem as diretrizes da companhia no Programa de Diversidade: Raça, LGBTQIA+, Gênero, Pessoa com Deficiência e Gerações – todos assuntos de extrema relevância e atualidade.

Entre os exemplos de direitos garantidos no atacadista estão a isonomia de benefícios, a disponibilização do crachá com nome social e uso do banheiro conforme a expressão de gênero. Além disso, há o pleno vigor do Código de Ética interno e a Política de Diversidade e Direitos Humanos, que assegura a proteção de qualquer colaborador(a) que possa a vir sofrer com preconceito ou discriminação.

“Eu me sinto muito feliz de estar em um lugar que se preocupa com o meu bem-estar. Infelizmente, essa não é uma realidade na maior parte do mercado de trabalho. Muitos ainda precisam lidar com a insegurança”, comenta Caíque.

Nos últimos dois anos, o Assaí Atacadista tem intensificado suas iniciativas em prol da população trans e toda comunidade LGBTQIA+. A Companhia aderiu ao Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ e seu uniu a mais de 100 empresas para fomentar o respeito e a promoção dos direitos humanos LGBTI+, tanto na sociedade como no ambiente empresarial. Internamente, oferece diferentes recursos de conscientização e desenvolvimento, como treinamentos, Guias Inclusivos e uma trilha exclusiva sobre “Aliados Anti-LGBTfobia” disponibilizados na Universidade Assaí - plataforma de educação e desenvolvimento exclusiva para os(as) colaboradores(as) do atacadista, para que todos(as) possam ser aliados(as) na promoção do respeito, inclusão e atitudes que combatam a LGBTfobia.


Para Caíque, ainda há muito a ser feito em prol da comunidade trans e sua principal forma de luta é através do seu exemplo pessoal. “Nós estamos cansados de notícias tristes. O que mais precisamos agora é de apoio no trabalho, em políticas sociais inclusivas e de histórias de sucesso. É isso o que me impulsiona diariamente a ser um profissional cada vez melhor. Eu quero que as pessoas saibam que é possível ser trans e ser bem-sucedido, ser feliz”, conclui. “Por meio do meu trabalho e meu crescimento profissional, eu quero provocar cada vez mais debates e discussões sobre a nossa vida e o quão crucial e urgente é o respeito às nossas vidas.”


Por: Giullia Moreira/Agência Eko.  

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