O projeto “Oficina e Mentoria de Narrativa Audiovisual” tem criado novas oportunidades para jovens de comunidades indígenas, quilombolas e periféricas no Pará. A iniciativa, com foco na produção audiovisual, é viabilizada pela Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), com a idealização dos produtores Luiza Chedieck, DJ Zeck Picoteiro e José Kaeté.
Na primeira edição, oito mentorias individuais foram realizadas, impactando diretamente a vida de jovens como Tupayú, da Aldeia Novo Gurupá, em Santarém, no oeste paraense. “A minha experiência foi única e muito boa. Eu não tinha muita habilidade com o roteiro em si, então, dentro dessa experiência eu pude aprender mais como funciona o roteiro”, relata.
Além do desenvolvimento técnico, a iniciativa também transformou a visão dos participantes sobre o mercado audiovisual. Tupayú destacou a importância do projeto para comunidades que muitas vezes são excluídas dessas oportunidades. “Acredito que esses cursos podem abrir muitas portas. Muitos indígenas e quilombolas, na maioria das vezes, não têm oportunidade de ter um curso, e essa mentoria veio justamente para isso, para nos ajudar a melhorar os nossos conhecimentos”, comenta.
Com o conhecimento adquirido, Tupayu já pensa em como aplicar as novas habilidades dentro de sua própria comunidade. “Aprendi que eu posso criar minhas próprias histórias baseadas na minha realidade. Pretendo aplicá-la dentro do meu território com outros jovens que pretendem entrar no ramo do audiovisual”, planeja.
Para os produtores Luiza Chedieck, DJ Zeck Picoteiro e José Kaeté, o projeto “Oficina e Mentoria de Narrativa Audiovisual” destaca o “potencial transformador da educação e da cultura, proporcionando ferramentas para que jovens de diferentes origens contem suas próprias histórias e, assim, contribuam para uma representação mais diversa e inclusiva no mercado audiovisual”.