Mais de vinte idosas atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no bairro da Sacramenta, em Belém, participaram da “Oficina de produção de sabonetes fitoterápicos artesanais”, promovida pelos alunos do curso de Farmácia da Estácio, supervisionados pela professora Ana Paula Castro.
“O objetivo da nossa iniciativa é mostrar para essas idosas que é possível produzir sabonetes e ter uma fonte de renda a partir de conhecimentos tradicionais de plantas que temos em casa ou que facilmente conseguimos adquirir em casas naturais”, explica a docente, ao destacar a adesão das idosas pela iniciativa.
“Trabalhar com idosos é sempre muito prazeroso. Especificamente neste CRAS, eles já têm um trabalho de oficinas e atividades com esses idosos. Então, eles receberam o curso muito bem, ficaram super interessados, perguntaram bastante sobre como eles poderiam fazer as misturas dos óleos, se eles poderiam fazer com outros tipos de plantas. Foram muito receptivos e ficaram muito curiosos a respeito. Porque é uma coisa que é relativamente simples de fazer, com as devidas orientações, é algo que eles podem fazer em casa, tem um custo baixo e pode gerar renda”, pontua.
A professora Ana Paula Castro explica que os sabonetes produzidos pelas idosas foram distribuídos entre elas mesmas, para que pudessem conferir em casa o resultado do produto. “Estamos produzindo um material que é uma cartilha com um passo-a-passo que vai ser disponibilizada para eles essa semana, já lembrando das etapas que eles precisam para produzir em casa, caso queiram”, complementa.
Castro adianta que outros Centros de Referência serão contemplados em breve com a oficina. “Estamos fechando parceria com o CRAS Outeiro, Tapanã e Guamá. A gente busca levar informação, valorizando a cultura amazônica”, destaca.
Doação
Já pensando em uma ação para o Dia Internacional da Mulher, um grupo de alunas do curso de Farmácia da Estácio está usando a oficina de sabonetes para produzir kits de higiene, com xampus e condicionadores, que serão doados às pacientes do Hospital Ophir Loyola, referência no tratamento do câncer, em Belém.
“A gente tem uma necessidade muito grande lá, porque boa parte das mulheres vem do interior e, às vezes, ficam sozinhas por vários fatores. A família não tem condições, ou às vezes os maridos acabam indo embora e deixando as suas esposas lá. E o hospital acaba fornecendo o básico a essas mulheres internadas, mas os produtos de higiene pessoal elas não têm. Então, a gente está aproveitando os sabonetes dessas oficinas e também produzindo xampu e condicionador, para que nós possamos realizar essas ações junto às instituições que precisem desses produtos de higiene”, comenta a professora Ana Paula Castro.
Por: Assessoria de Imprensa/Agência Eko.