Assessoria de Comunicação
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18 Sep
18Sep

O Festival Choro Jazz, que acontece pela primeira vez no Cariri, foi aberto já em clima de muita emoção, no Centro Cultural do Cariri, no Crato, com o encontro entre instrumentistas, estudantes e fãs, que participaram das oficinas, e grandes mestres da música: pela manhã, Maurício Carrilho ao violão e Paulo Sérgio Santos no clarinete. À tarde, Pedro Amorim, em uma oficina de samba, Cacá Malaquias em oficina de sopros e Ney Conceição em aula de prática de conjunto.
Tudo na sala do Pequeno Palco, do Centro Cultural do Cariri, onde a turma chegou cedo para a primeira oficina do dia de abertura do festival. 

O evento segue até domingo, com oficinas terça, quarta e quinta-feira e com shows sexta, sábado e domingo, apresentações que reúnem nomes como Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador, Egberto Gismonti, Tâmara Lacerda e Ranier Oliveira, Fabricio da Rocha e Júnior Crato, Quartchêto, entre outros. Tudo com entrada franca.


Apresentado pela Petrobras e pelo Ministério da Cultura, o Festival Choro Jazz conta nas etapas Cariri, Fortaleza e Jericoacoara com apoio institucional do Governo do Ceará, do Instituto Mirante de Cultura e Arte e do Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo. Mais informações: Instagram Festival Choro Jazz e www.chorojazz.com.


"O choro sambado tem uma antecipação, que é diferente. Se não antecipar, fica um 'maxixão'. A antecipação é uma sutileza que muda tudo. Muda o jeito de todo mundo tocar", ressaltou Maurício Carrilho, na oficina de choro. Ilustrando musicalmente ao tocar, com os participantes da oficina, clássicos como "Brejeiro", apresentado como um tango brasileiro, e "Noites cariocas", trabalhando com uma estudante de clarinete a antecipação.


Já "Doce de coco" foi tocado como exemplo de um "choro choro mesmo". E chamou atenção dos participantes a ter a sua melodia original destacada por Maurício Carrilho: "A melodia original era bem mais intrincada, e foi mudando conforme as pessoas foram se acostumando a cantar a música. Foi sendo simplificada. Na gravação do Altamiro ele toca essa melodia...", destacou, com muitos dos estudantes se surpreendendo com a melodia mais difícil para o "Doce de coco".


Logo em seguida aconteceu a oficina de clarinete, com Paulo Sérgio Santos, que falou sobre sua trajetória como integrante do Quinteto Villa-Lobos, desde 1975, por mais de 40 anos. "Era o elo que eu tinha com a música erudita", enfatizou, citando também 18 anos de ópera e a recente homenagem recebida do músico Mark Lambert, no Rio de Janeiro, com um concerto escrito em tributo a Paulo Sérgio. "São 21 páginas de partitura. Inclusive agudos que não consigo tocar. Mas... nada é impossível".


Quando um dos estudantes perguntou se alcançar esses agudos dependeria da respiração, Paulo Sérgio respondeu: "Depende do tipo de palheta que você usa. Que interfere na pressão que você faz. Pressão e clima interferem. Aqui, por exemplo, é muito seco".


Paulo Sergio Santos também falou sobre as diferenças entre o samba e o maxixe. "O maxixe era mais marcado Não dava pra dançar como eles queriam. Então eles começaram a tocar de uma outra forma". E convidou os participantes a tocar, descobrindo inclusive choros de autores do Cariri, tocados por um dos estudantes. Também elogiou a interpretação das colegas de clarinete na oficina. O festival começou de forma marcante, com experiências que esses jovens músicos certamente levarão consigo de modo transformador.


Roda de Conversa com Egberto
Também haverá uma Roda de Conversa com Egberto Gismonti, na Vila da Música, na mesma cidade, no sábado, 21, às 9h30 da manhã. Toda a programação tem entrada franca, incluindo oficinas e shows com atrações especialíssimas, como o mestre Egberto em apresentação com a Orquestra à Base de Sopro, de Curitiba.


Confira a programação de shows: de sexta a domingo, 20 a 22/9

A programação de shows do Festival Choro Jazz tem início na sexta-feira, 20/9, às 19h, com a apresentação de duas das grandes referências da música instrumental no Cariri, o flautista Junior Crato e o violonista e compositor Fabrício da Rocja, que apresentam outras vertentes da obra de Hermeto Pascoal, no show "Selestrial", em um trabalho dos mais aplaudidos. Às 20h30 se apresenta o Quartchêto, com seu som instrumental de alma gaúcha, com mais de 20 anos de trajetória. E às 22h acontece o Baile do Ney, com o contrabaixista Ney Conceição e convidados destacando a música instrumental com pegada dançante.

No sábado, 21/9, quem abre a programação, às 19h, são Gilberto Monteiro, o Quarteto Sucinta e Gustavo Garoto, reforçando a conexão musical entre o Rio Grande do Sul e o Ceará. Considerado uma lenda da música gaúcha, Gilberto, 71 anos, compositor de clássicos do Rio Grande, une sua cordeona de botão às cordas do quarteto de Porto Alegre formado por Clarissa Ferreira e Miriã Freitas nos violinos, Gabi Vilanova na viola e Luyra Dutra no violoncelo.

Às 20h30 acontece o show Carlinhos Patriolino convida Choro Cabuloso. O guitarrista, violonista e bandolinista Carlinhos Patriolino é um nome histórico egresso da geração da Massafeira Livre e referência na música instrumental e se junta ao projeto Choro Cabuloso, idealizado pelo pandeirista e produtor cultural Tauí Castro, em um espetáculo dos mais aplaudidos nos últimos anos em Fortaleza. Às 22h, hora e vez de mestre Moacyr Luz e do Samba do Trabalhador, levando ao Cariri integrantes da famosa roda de samba que acontece todas as segundas-feiras no Rio de Janeiro, com quadra lotada para a apresentação de um repertório de autenticidade e diversidade. Mais um intercâmbio entre estados e matrizes musicais, destacado pelo Festival Choro Jazz.

No domingo, 22/9, a programação começa mais cedo, às 16h30, e será aberta por duas outras referências da música instrumental no Cariri: Tâmara Lacerda, jovem violonista e cantora de grande destaque na cena da região, uma artista influenciada pelo festival, seguidora atenta de referências como Egberto Gismonti e Dori Caymmi. Tâmara se apresenta juntamente com Ranier Oliveira, aclamado acordeonista, que brilhou na música no Rio de Janeiro e atualmente mantém uma agenda das mais concorridas com apresentações em diferentes formações e com vários artistas. Às 18h se apresenta O Trio, criado em 1987 para homenagear Radamés Gnattali, então no aniversário de 80 anos do grande maestro. O grupo conta com os mestres Maurício Carrilho, Paulo Sérgio Santos e Pedro Amorim, na formação inusitada de violão, clarinete e bandolim.E às 19h30, encerrando a programação do Choro Jazz no Cariri, o palco é de Egberto Gismonti e da Orquestra à Base de Sopro, de Curitiba, com 16 músicos, em uma apresentação especialíssima, fechando esta segunda etapa do festival em 2024 e brindando o público com um grande encontro.

Confira as datas das próximas etapas do festival: Fortaleza e Jericoacoara

Em Fortaleza o Festival Choro Jazz acontecerá nos dias 29 e 30/11 e 1o. de dezembro, no Anfiteatro da Volta da Jurema, na Av. Beira-mar, em parceria com a Secretaria da Cultura de Fortaleza - Secultfor. Na capital, no dia 29/11, também acontecerão oficinas do festival, em parceria com as organizações de educação musical vinculadas à Secultfor e também à ONG Casa de Vovó Dedé, localizada na Barra do Ceará, periferia de Fortaleza. Em Jericoacoara, o Festival Choro Jazz vai acontecer entre os dias 3 e 8 de dezembro, também incluindo oficinas nos dias 3 a 6/12, além dos shows de terça a domingo, 3 a 8/12.


Serviço: 

Festival Choro Jazz. Pela primeira vez no Cariri. No Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo, no município do Crato (Av. Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes, 1, bairro Batateiras). Oficinas de 17 a 19 de setembro. Shows de 20 a 22 de setembro. Roda de Conversa com Egberto Gismonti no dia 21 de setembro, na Vila da Música, no Crato. Entrada franca em todas as atividades. Apresentado pela Petrobras e pelo Ministério da Cultura, o Festival Choro Jazz conta nas etapas Cariri, Fortaleza e Jericoacoara com apoio institucional do Governo do Ceará, do Instituto Mirante de Cultura e Arte e do Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo. Mais informações: Instagram Festival Choro Jazz e www.chorojazz.com.


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