Nas últimas semanas, os casos de mortes provocadas pela febre maculosa no Estado de São Paulo ganharam destaque nos noticiários e acenderam o alerta para a doença que é conhecida como “febre do carrapato”, por ser transmitida pelo carrapato-estrela. Até o momento, a Secretaria de Saúde de Campinas e o Instituto Adolf Lutz confirmaram quatro mortes e outras notificações de pessoas contaminadas estão sendo investigadas. Todas as vítimas haviam participado de uma festa em uma fazenda no distrito de Joaquim Egídio, local mapeado como área de risco para a febre maculosa.
De acordo com a professora da Faculdade Serra Dourada Daiane de Oliveira, a febre maculosa é uma doença infecciosa causada e transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. “Não é uma doença transmitida de pessoa para pessoa. Ela é propagada para humanos e animais apenas pela picada de um carrapato infectado, que precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. Os mais jovens e de menor tamanho são vetores mais perigosos, porque são mais difíceis de serem vistos. Quando diagnosticada, pode ser tratada com o uso de antibióticos e, quanto antes for descoberta, maiores as chances de cura do paciente”, explica.
Entre os principais sintomas da febre maculosa, estão dor de cabeça, febre alta, dores no corpo e o aparecimento de manchas na pele (exantema), diarreia e vômito. Em formas mais graves, a doença pode causar insuficiência respiratória, danos ao sistema nervoso central, insuficiência renal e até mesmo a morte. A principal recomendação para prevenir a febre maculosa é evitar o contato com carrapatos.
Caso esteja em uma área de risco, siga algumas orientações:
Use roupas claras que facilitem enxergar os carrapatos;
Examine seu corpo cuidadosamente pelo menos a cada 3h;
Use botas e coloque as barras das calças por dentro das meias;
Fique atento aos sintomas iniciais.
Por: Ascom Faculdade Serra Dourada.