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29 Feb
29Feb

Estar atento aos sintomas da dengue e evitar a presença de criadouros do Aedes aegypti, mosquito que transmite a doença, são as principais medidas que as pessoas devem tomar diante do avanço do número de casos em diversas regiões do Brasil. A orientação é de Christianne Takeda, médica infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica.


Nos últimos dias, o Ministério da Saúde ampliou o alerta nacional para a patologia em virtude da alta nas estatísticas. O Brasil deve registrar cerca de 4,2 milhões de casos de dengue em 2024 e, mesmo com a chegada gradual da vacinação contra a doença, é preciso combatê-la em casa e na comunidade. As ondas de calor e as fortes chuvas do verão seguem gerando preocupação em âmbitos estaduais e municipais.


“O risco de pegar dengue nesta época aumenta porque, com o acúmulo de água das chuvas, o mosquito se prolifera melhor. É preciso redobrar a atenção, sobretudo, dentro das residências e dos imóveis em geral”, introduz Takeda.

Combate ao mosquito


“Em época de chuva, cheque se não tem, no seu quintal ou jardim, jarros e vasilhas descobertas que acumulam água. Verifique se há um ponto de escoamento para que o local não sirva de viveiro para o mosquito. Outra medida de prevenção é o uso de repelentes e a aplicação de telas nas janelas para impedir a entrada do inseto”, diz Christiane.


De acordo com a especialista, tratam-se de medidas simples e muito importantes para quebrar o ciclo da dengue nas comunidades.


Manifestações possíveis


Em caso de infecção, o indivíduo pode manifestar quatro diferentes tipos de dengue, que vão de 1 a 4. Os principais sintomas são dor no corpo, febre, cansaço, fadiga, “dor na bola do olho” e manchas vermelhas, que podem vir acompanhadas de coceiras.
“Eventualmente, uma pessoa pode pegar todos esses tipos, pois um vírus não protege do outro. Por isso, a precaução mais importante é tentar diminuir os viveiros do mosquito”, reforça.

Dengue hemorrágica, a mais grave


Em casos mais graves, na chamada “dengue hemorrágica”, há outros tipos de sinais. Dentre eles, destacam-se sonolência, desorientação, desmaios, sensação de queda de pressão, sangramento gengival e antecipação da menstruação já durante o quadro de dengue.
“É bom elucidar que esse tipo não é necessariamente uma dengue em que a pessoa sangra. Na verdade, há uma perda do líquido do sangue para dentro de um outro espaço, o que pode levar à morte. Então, diante desses indícios, procure um médico imediatamente”, orienta a médica.

Hidratação é importante


Entretanto, se o paciente apresentar os sintomas mais leves da doença, o cuidado mais básico que deve ser adotado é manter a hidratação. Tomar bastante água e sucos é fundamental.
Ao contrário do que parte das pessoas imagina, os sucos podem ser de frutas ácidas. “O ácido a ser evitado enquanto há a suspeita de dengue é o remédio chamado ácido acetilsalicílico, o famoso AAS, presente em tratamentos de pessoas com problemas cardíacos, por exemplo”, explica Christiane.


A também infectologista, Maria Alice, alerta para que a automedicação seja evitada. “Há medicamentos que, quando administrados à pessoa com dengue, podem prejudicar esses sintomas, como aspirinas e antinflamatórios. Por isso é recomendada a busca de auxílio médico, visto que o especialista que vai avaliar a gravidade da situação, prescrever uma hidratação rigorosa e diferenciada, além de indicar a medicação adequada”, complementa.

Como evitar a proliferação do mosquito


•     Manter as garrafas vazias ou baldes virados para baixo;

•     Não deixar entulho no quintal ou nas ruas e varrer diariamente a água parada

;•     Cobrir as caixas d'água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas;•     Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos das plantas;

•     Manter a lata de lixo devidamente tampada e descartar corretamente cascas de coco, latas de refrigerantes, copo plástico, garrafas, embalagens etc;

•     Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva. Faça furos na parte de baixo ou entregue no serviço de limpeza;

•     Tampar os ralos pouco usados com um plástico, jogando água sanitária no cano duas vezes por semana;

•     Diminuir o número de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e manter o aquário limpo e fechado;

•     Colocar telas de proteção nas janelas e mosquiteiros na cama para dormir.


Por: NM Comunicação.

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