A Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) realiza, no próximo dia 7 de novembro, às 19h, através do setor de Formações, a live “Nada Sobre Nós Sem Nós”, que deverá marcar o retorno das atividades formativas do grupo, após dois anos de pandemia da covid-19. A transmissão ocorrerá pelo canal da associação no YouTube e é aberta ao público.
Os convidados do evento são: Tiago Rogero, jornalista e criador do projeto Quirino; e Rosane Borges, jornalista, professora e criadora da Escola Online Longa.
Zanza Gomes, coordenadora da APAN Formações, explica que o encontro tem como objetivo discutir sobre o contexto histórico de luta da população negra na autogestão da educação e da cultura, assim como os desafios para a manutenção de direitos e políticas públicas.
“A proposta dessa conversa é situar o público sobre a importância das políticas públicas, apontando quais foram conquistadas nessa última década e os avanços sociais que geraram. Dizer dos retrocessos desde o golpe da presidente Dilma Rousseff, sem deixar de mencionar os mecanismos de criação, manutenção e ampliação das ações mobilizadas pelas organizações negras em prol da cultura e da educação”, destaca Zanza Gomes, ao acrescentar que a temática impulsiona as próximas ações da APAN Formações para o ano que vem.
Minicurso
A APAN Formações recebe inscrições, até o dia 4 de novembro, para o minicurso de “Roteiro e Construção de Personagens em Filmes Híbridos”, com Vinícius Silva, cineasta e mestre em Roteiro, com participações e premiações em festivais como Janela Internacional de Recife, Festival de Documentários de Buenos Aires e Festival de Roterdã. O minicurso inicia no dia 8 de novembro, de forma remota, das 19h às 21h, e segue até 13 de dezembro. As inscrições são gratuitas, através do link https://bityli.com/AQjdzPyW. Podem participar membros associados à APAN.
Sobre a APAN
A Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) é uma instituição de fomento, valorização e divulgação de realizações audiovisuais protagonizadas por pessoas negras, bem como a promoção desses profissionais para o mercado audiovisual.
São pilares estruturantes de formação, constituição e política da APAN: a valorização da negritude e a defesa dos interesses de uma perspectiva inclusiva, com atenção ao recorte racial em relação a todos os elos da cadeia produtiva audiovisual – sendo eles a concepção, produção, distribuição e exibição.
A APAN representa esses interesses perante órgãos públicos, fundações, instituições, ONGs e empresas privadas, no Brasil e no mundo.
Atualmente, a APAN, com quase seis anos de atuação, vem desempenhando um papel de liderança junto às principais organizações do setor audiovisual brasileiro para garantir a construção e manutenção das políticas audiovisuais comprometidas com a equidade. Assim, resistindo aos retrocessos dos últimos anos que afetaram as políticas públicas afirmativas brasileiras e referenciando metodologias de trabalho e debates políticos comprometidos com uma corresponsabilização do Estado e do poder privado pela democratização do setor audiovisual dos pontos de vista de raça e gênero.
A APAN tem o compromisso de articulação contínua dos profissionais do audiovisual negro das cinco regiões do Brasil, aliada a missão de consolidar em todos os elos da cadeia produtiva do audiovisual a presença de pessoas negras, a promoção de narrativas de forma a transformar a percepção da sociedade com relação à negritude; combater o racismo estrutural e referenciar possibilidades de construção coletiva dentre pessoas negras nas políticas públicas e no mundo do trabalho.
Por: Assessoria de Comunicação APAN.