A Nutrição é uma importante aliada de áreas que cuidam da saúde mental, como a Psicologia e a Psiquiatria, quando se pensa em tratamento da depressão. Sob o acompanhamento e a orientação de tais profissionais, a medicação e a psicoterapia, somadas a uma alimentação saudável, portanto, tornam-se uma garantia para se atingir o objetivo. Com isso, manter uma dieta equilibrada é uma das etapas do processo.
De acordo com Margareth Lopes Galvão Saron, professora do curso de Nutrição da Faculdade Serra Dourada, em Lorena (SP), vários estudos têm demonstrado a existência de uma relação entre obesidade e a depressão que parece ser bidirecional, ou seja, o sobrepeso e a obesidade podem aumentar a probabilidade de depressão, assim como as pessoas nessas condições físicas terão maior propensão à depressão.
A docente explica que existem diversos fatores que podem interferir nos sinais e sintomas normais da fome, como aspectos genéticos, questões de saúde física e mental e até influências do meio ambiente.
“Dessa forma, situações em decorrência da depressão, ansiedade, estresse são gatilhos para modificar as atitudes alimentares com a finalidade de compensar as tensões e resultar em distúrbios alimentares, como o comer emocional e a compulsão alimentar, levando ao aumento da ingestão calórica que resultará no ganho de peso”, explica Saron.
Comer bem é ≠ de comer bastante
Os sintomas depressivos, esclarece a professora, podem ser mais presentes e/ou agravados devido à deficiência de nutrientes, como a cobalamina (vitamina B12), o ferro e proteínas. Sendo assim, a alimentação pode influenciar na melhora do humor e enfrentamento dos sintomas depressivos.
“De maneira geral, é importante manter o equilíbrio energético e o peso saudável; aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras, cereais integrais e leguminosas. Além disso, consumir alimentos ricos em ômega-3, como abacate, nozes, peixes e sementes, também podem ajudar a aliviar os sintomas da depressão”.
A individualização do plano alimentar é a forma mais adequada de tratar ou prevenir a doença. Por isso, é importante procurar ajuda de um profissional nutricionista, por via particular ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Vale ressaltar que, na depressão, a nutrição vem como uma grande aliada no tratamento, sendo necessário e indispensável o acompanhamento médico, psicológico e outras alternativas, como a atividade física, que possam ser benéficas ao tratamento”, conclui a profissional.
Por: Assessoria de Comunicação Faculdade Serra Dourada Lorena.